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PRO-JECT STREAM BOX S2 ULTRA – Edição 265

A Mediagear disponibilizou para testes um exemplar do Stream Box S2 Ultra, última versão do transporte streamer de música da Pro-ject.

O Stream Box faz parte de uma gama de produtos variados, como amplificadores de potência, pré-amplificadores, amplificadores de fones de ouvido, prés de phono, DACs, condicionadores de energia e fontes digitais – tendo como principal diferencial a versatilidade e o tamanho reduzido e, claro, seu preço super competitivo.

O Stream Box S2 Ultra é basicamente um Raspberry Pi com algumas melhorias feitas pela Pro-Ject. Com ele é possível fazer streaming de música pelo Spotify, Qobuz, e Tidal, além de aceitar o Roon como endpoint e rádio Shoutcast.

Sua versatilidade começa pelo Wi-Fi suportando AirPlay UPnP / DLNA, e entrada para cabo de rede. É sempre bom utilizar cabo de rede preferencialmente do tipo CAT6A para cima – com um cabo de rede extrai-se mais informações da música já que não há perdas de dados como no Wi-Fi. O Stream Box também tem conexão Bluetooth e é compatível com NAS para armazenamento de arquivos via rede. Possui uma entrada USB para conectar um HD externo, uma saída USB PCM 32-bit/352.8 kHz até DSD256, que é quem faz a conexão com o DAC externo. A interface do Stream Box S2 Ultra pode ser exibida em uma tela de TV ou monitor através da porta HDMI, e o controle fica por conta de um tablet ou celular conectado na rede.

Conectá-lo à rede por um cabo é super fácil, não precisa fazer nada nem configurar nada, apenas plugar o cabo na porta Ethernet do Stream Box e pronto. Já via wi-fi é outra história: é preciso ter paciência e buscar o aparelho na sua rede. Abra as configurações de rede do seu dispositivo móvel ou computador, e lá aparecerá o Stream Box como uma rede própria, selecione e será direcionado para as configurações do aparelho. Lá poderá selecionar, idioma entre outras funções.

COMO TOCA

Para o teste utilizamos os seguintes equipamentos. DAC Hegel HD30, e integrado Sunrise Lab V8 MkIV SS. Cabos de força: Sunrise Lab Illusion Magic Scope. Cabos de interconexão: cabos de rede Sunrise Lab Quintessence, e Ethernet Media Link Quintessence
Magic Scope (ligado na entrada da porta Ethernet do Stream Box antes do cabo de rede), Sunrise Lab Quintessence Magic Scope XLR, e Sax Soul Cables Zafira III XLR. Cabo de caixa: Sunrise Lab Reference. Caixa acústica: Neat Ultimatum XL6.

O Stream Box Ultra chegou lacrado em uma caixa minimalista, e rapidamente o coloquei para amaciar. Após conectá-lo à rede, o único app que realmente funcionou à contento e sem engasgos foi o MConnect – com ele pude usar o serviço de streaming de música com bom resultado, sendo assim me foquei especialmente neste app.

Os primeiros acordes são animadores. A sonoridade é amistosa e logo começa a mudar, mas de forma sutil sem mudanças bruscas. Após 200 horas o aparelho está amaciado e então comecei a separar as faixas para audição. Comecei por Dominque Fils-Aimé, faixa Sleepy e a faixa Birds do mesmo disco. O Box S2 Ultra apresenta uma ótima linha de contrabaixo, as texturas e o roncar da caixa do instrumento aparecem sem grande esforço com velocidade e uma boa ambiência nas altas também, mostrando que o pequenino
Stream Box tem refinamento suficiente para que estes detalhes apareçam sem comprometer muito da largura de palco. A voz da cantora se mantém a uma boa altura e não se move pelo palco sonoro, mantendo um bom foco.

Em seguida utilizei o disco da ARY, The Sea, que conheço bem, este com mais componentes musicais. Novamente a pequena caixinha da Pro-Ject dá conta do recado satisfatoriamente, e nos entrega uma boa dose de velocidade nos transientes e microdinâmica. O que foge um pouco das mãos do Stream Box S2 é a largura de palco – não decepciona, mas à medida que vamos aumentando a quantidade de músicos no palco apresentado pelo aparelho, percebemos que o palco sonoro se alarga de forma mais tímida, principalmente em gravações ao vivo em teatros como no caso da faixa Car Désespéré da Cécile Verny Quartet, e no disco do Harry Belafonte At Carnegie Hall. Já os timbres são muito bons e com ótimas texturas.

Estilos musicais como Jazz blues e folk vão muito bem no Stream Box S2 Ultra. Já com rock, especificamente as prensagens muito comprimidas, pode soar cansativo. Tem gravações que não se salvam, mesmo, e para estas até os sistemas Estado da Arte passam apuros.
Fora essas gravações muito comprimidas que não se salvam mesmo, o Stream Box é bastante eclético, mostrando a música com enorme entusiasmo!

CONCLUSÃO

O Pro-ject Stream Box S2 Ultra aparece como uma ótima opção para quem quer um produto minimalista, competente e que custe pouco. É um aparelho que pode superar as expectativas dos donos de sistemas Ouro e Ouro Recomendado, com uma boa folga tanto na sonoridade e opções de conexão como também por seu preço mais que convidativo. Se você tem sistemas com DAC externo ou amplificador integrado com DAC de mil e quinhentos à oito mil reais, que não possuem streaming de música embutido, vale a pena ouvir este pequeno valente – você irá se surpreender.


PONTOS POSITIVOS

Gabinete pequeno, fonte externa com vários tipos de 2P+T (pinos elétricos).

PONTOS NEGATIVOS

O App proprietário da marca não funciona muito bem.


ESPECIFICAÇÕES
Formatos de ÁudioPCM 32 bit/352.8 kHz, DSD256
Internet RadioTuneIn
Serviços de StreamingTIDAL, Spotify, Qobuz
Protocolos de Dados SuportadosRAAT, Shairport, DLNA
Multi-roomAté 6 equipamentos
Entradas2x USB-A
Micro USB-B (PC-Detox)
Network (Ethernet, WiFi)
Bluetooth
Padrões de WiFi802.11 b/g/n/d/e/h/i
BluetoothBluetooth Classic + EDR v2.1, v3.0, v4.0 e Low Energy
SaídasAudio optimized USB-A
HDMI (vídeo)
Controlável através deApp, Web Browser, Roon
Dimensões (L x A x P)105 x 37 x 105 mm
Pes375 g (sem a fonte)

PRO-JECT STREAM BOX S2 ULTRA

Equilíbrio Tonal 8,0
Soundstage 7,5
Textura 8,0
Transientes 8,0
Dinâmica 8,0
Corpo Harmônico 8,0
Organicidade 7,5
Musicalidade 8,0
Total 63,0

VOCAL: 10,0
ROCK . POP : 9,0
JAZZ . BLUES: 10,0
MÚSICA DE CÂMARA: 9,0
SINFÔNICA: 19,0

Link para o teste completo: